sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

um momento


Ele estava ali, ela podia sentir. O cheiro, aquele perfume. Ele estava presente, estava ao lado dela. Mesmo com os olhos fechados, podia vê-lo sorrindo, percorrendo com olhos brilhantes os traços confusos do rosto dela. Ele estava ali, e a observava dormir.
Ela escutava a batida daquele coração, sincronizada com o dela, sentia a mão dele em sua mão. Ele a beijava na testa, ela sentia seu bafo quente, sua respiração. Respiravam o mesmo ar. Estavam tão próximos que já não existia um 'eu' e um 'ele'. Os dois eram um só, e assim permaneceriam, sempre.
"Deitar-se com uma mulher e dormir com ela: eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma quantidade inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher)."
Milan Kundera

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

My tears are falling like rain from the sky.

Chorar é bom, mesmo sem motivo. É botar para fora tudo aquilo que fica entalado na garganta, que amarra o coração e que perturba os pensamentos, silenciosamente. O choro alivia a alma.
Chorar porque está triste, porque tem raiva, porque é feliz demais. Chorar simplismente por chorar, e nada mais. Chorar.
Sou uma chorona, confesso. Daquelas que choram até em comercial de leite em pó. Meu travesseiro guarda as marcas de muitas lágrimas derramadas ao cair da noite. Lágrimas de ciúme, de arrependimento, de amor, de solidão, de contentamento, de medo, de felicidade.

Lembro de uma conversa com ele, em uma caminhada recheada de lembranças, onde me contou que dificilmente chorava. Sofrer, perder, repetidamente e em curto espaço de tempo secam as lágrimas, cria uma espécie de barreira contra o sofrimento, é verdade. Mas colocar tudo pra fora, na forma de gotas salgadas faz bem. Choro por ti, então.

Lágrimas também aproximam. Quantas vezes meu colo, meu ombro não ficaram marcados com pequenas gotas derramadas por olhos alheios? Aliás, foi assim que conheci aquela que hoje chamo de irmã, assim que demonstrei que aquele amigo podia contar comigo, para tudo.
Lágrimas trazem sorrisos. Quantas vezes não vi meu pai recolhendo aquelas gotinhas que rolavam por minhas bochechas rosadas, e provando-as para ver se eram realmente salgadas? Ou fazendo cócegas em minha barriga, pé, pescoço, pernas, mindinho, orelha.... até eu parar de chorar e dar aquela gargalhada gostosa? Inúmeras...
Lágrimas também podem engordar. Afinal, quem de vocês, mulheres, nunca, ao se sentir deprimida, frustrada ou chorosa não se entupiu de chocolate e sorvete vendo aquele filminho que escorria água com açúcar só para chorar um pouco mais?

Confesso que gosto de chorar, pois me sinto leve e mais calma depois. Confesso que ainda tenho muitas lágrimas a derramar, acompanhadas ou não de um sorriso, e espero que a fonte não seque tão cedo.



[Escrevendo cada vez pior. Preciso de Férias. URGENTEMENTE]

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Confesso

Texto redigido em alguma quarta feira das primeiras semanas de outubro, na última página de um caderno de matemática.

Confesso que estou escrevendo isso durante uma aula de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, confesso que hoje não consigo me concentrar, em nada. Confesso que hoje quero que ninguém converse comigo, confesso que quero colo de mãe, abraço de pai, sorriso de irmão. Confesso que estou com a mania de falar mal das pessoas, o tempo todo. Tenho que parar.
Confesso que quero, quero muita coisa. Quero chocolate, muito chocolate, mas não quero espinhas nem quilos extras. Confesso que quero deitar na grama e olhar o céu. Deitar na rede e ver seus pés, dormir escutando aquele coração... Ah, eu confesso.
Confesso que pareço criança, e não paro de reler as palavras dele. Ah, é sempre ele. É ele. Confesso que muitas vezes não percebo que só falo sobre mim. Confesso.
Confesso que tenho muito mais a confessar.
Micos, erros, falsas amizades. Brigas, lágrimas. Piadas, sorrisos, tombos. Beijos, olhares.
É, confesso.
Confesso que não sou a melhor das pessoas, mas tento ser o melhor de mim.
Confesso que peco. Gula, vaidade, ira, avareza.
Confesso que me arrependo.
Confesso que amo, e amo muito.

Enfim,

CONFESSO QUE VIVO.

. . .

Tentar, tentar e tentar inúmeras vezes colocar as palavras para serem vistas. Inutilmente.

Por que parece tão mais fácil escrever quando há angústia aqui dentro?



"There's no combination of words I can put in a back of a postcard,
no song that I can sing,
but I can try for your heart..."

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

again.

Você poderia ter se afastado pra sempre, ter ido embora de verdade. Poderia nunca mais ter me olhado daquele jeito, eu logo esqueceria tudo. Você poderia ter ido buscar outras, você poderia ter ficado por lá. Você poderia.
Doeu, mas já não doía mais.
Você poderia ter me esquecido, poderia ter me deixado de lado, apagado meu número, meu nome, meu rosto. Você poderia fazer o que você disse que precisava fazer. Poderia ter esquecido tudo o que foi feito e que foi dito. Eu ficaria bem. Eu estava bem.
Você devia ter esquecido, apagado, procurado e encontrado.
Doeu quando você foi, mas já não doía mais.
Você devia ter parado de frequentar meus sonhos. Devia ter parado de me fazer pensar em como você estava. Você devia.
Eu já não pensava mais, já não sonhava mais.
Doeu.
Eu sabia que poderia ser, mas você disse que não seria.
Eu entendi. Entendi, e doeu.
Mas agora, só agora?

Agora é tarde.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mar, mulher.


"Aí está ele, o mar, a mais ininteligível das existências não humanas.
E aqui está a mulher, de pé na praia, o mais ininteligível dos seres vivos."

Clarisse Lispector


O mar... Para mim, a existência mais bela. O encantador em forma de ondas, o encantador em azul, em verde...
O balanço perfeito entre o belo e o perigoso, entre o desejo e o medo, a paixão e o risco.
O mar... tão grande, imenso, profundo... e cabe dentro dos seus olhos.
O mar, berço da Vida.
O mar... meu refúgio, minha fonte de energia, meu veículo de renovação.

As vezes penso que o mar é meu melhor amigo. Ele me acolhe, me escuta, recolhe minhas lágrimas salgadas junto as suas. Ri do meu sorriso, acaricia meus cabelos, brinca de pega-pega, esconde-esconde... e como todo melhor amigo tem seus dias de calmaria e tormenta...
O mar... tão próximo de mim mesma que o chamo de meu. Meu mar.



A mulher...

Não seria a mulher como o mar?
Bela, perigosa... Fonte de desejo, de medo.
Ser imprevisível, repleto de momentos de tormenta e calmaria.
A mulher, coração aberto para acolher quem for preciso, coração de mãe.
A mulher, berço da Vida.
A mulher... também minha melhor amiga, em diversas formas...
A mulher nas amigas, na mãe, nas avós, na quase irmã, a mulher do outro lado do espelho.
A mulher, tão próxima do que sou que chamo de Eu.

A mulher, o mar.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

... milhares de sensações ...

Tão sinceros e tão curiosos, hipnotizantes, penetrantes.
Planaltos e planícies onde posso correr tranquila e segura,
Florestas outonais onde posso me esconder,
Carvalhos nos quais posso me abrigar,
Um mar de Coca Cola para me deliciar.

Penhascos e labirintos nos quais quero me perder, chegar ao fundo, ir além.
As janelas abertas para o crepúsculo, pequenas estrelas que brilham intensamente.
Meu conforto, meu porto seguro.

Teus olhos, em muitos tons, meu melhor espelho.
Teus olhos que sorriem, teus olhos que mergulham nos meus e me devoram.
Meus olhos que amam os teus.
Meus olhos, teus olhos.

Teus olhos que abraçam, teus olhos que beijam,
Teus olhos que se afogam no meu mar.

Teus olhos, teus olhares, milhares de sensações...

sábado, 16 de agosto de 2008

Híbrido

Um híbrido.
Esta sou eu.



Olho meu rosto no espelho todos os dias e o que vejo não é mais o rosto daquela menina, ou daquelas meninas...
Não é mais o bebê de cabelos ruivos espetados e olhos azuis brilhantes,
Não é mais a pequena tímida de cabelos curtos, lisos e loiros, e dos olhos azuis,
Não é mais a quietinha garotinha dos cabelos lisos mechados de castanho e dourado e dos olhos ora de um azul profundo, ora de um verde brilhante ou de um cinza chuvoso,
Nem a compenetrada garota de curtos e ondulados cabelos castanhos dourados e olhos verdes penetrantes... Talvez dessa última reste ainda um pouco dos traços, mas o que vejo no espelho é a mulher na qual me tornei, na qual estou me tornando.

Os olhos ainda são verdes, o cabelo agora é longo, porém indeciso... Ora liso, ora cacheado, ora ondulado... Castanho, dourado, até ruivo no Sol. O rosto mudou, os traços se alinharam, e até a pequena batatinha que chamo de nariz agora passa despercebida.
Dou Boas Vindas a essa nova imagem!

Olhando mais atentamente, porém, vejo que ainda existe muito daquelas outras meninas em mim... O sorriso da pequena, o brilho no olhar da garota e da garotinha, o jeitinho manhoso da ruivinha. A menina que ainda resta em mim, que cultivo em mim.

Menina mulher.
Esta sou eu.

Em metamorfose, eterna metamorfose.
Um dia alcançarei a transformação completa?
Espero que não. Que eu seja mais mulher do que menina então,
mas que Cebolinha, Lilica, Sisirisi e Sibs nunca morram dentro de mim.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nem tudo são rosas...


Pode parecer um tanto pessimista (e talvez até o seja), mas parece que quando praticamente tudo está dando incrivelmente certo na sua vida, algo de ruim tem que aparecer para estragar um pouco tudo aquilo... E não são coisas bobas, na maioria das vezes são pancadas, tapas na cara que colocam seu humor e sua força a prova.

Como é desconcertante quando você, com o olhar brilhando de felicidade, contente com os objetivos que conseguiu atingir, olha nos olhos daquela pessoa que foi uma das primeiras a te ver ao nascer, que cuidou de você quando seus pais tinham que trabalhar, que te aconchegava no colo antes de dormir e contava as histórias dos Santos, e ela responde ao teu olhar com olhos vazis, um olhar que não diz nada, como se ela não te conhecesse.

Ter a notícia de que uma das pessoas mais importantes da tua vida passa por problemas que ela mesma não percebe nem consegue controlar, problemas sérios, que vão além de uma simples depressão, é chocante.

Papéis invertidos. De repente a criança teimosa que se recusa a comer e tomar banho não é mais a menina dos olhos da cor do céu, e sim a outra, que sempre insistiu para que eu engolisse mais uma colherada da sopa e lavasse bem atras das orelhas...

Apatia, palavras sem nexo, remoendo fatos passados já esquecidos.

As lágrimas, entretanto, não brotam em meus olhos. Insensível? Tive medo que sim. Não choro pois evito olhar mais uma vez. Não quero encontrar aqueles olhos frios novamente, tenho medo. Não quero visitá-la, não quero que ela me veja. Sei que ela não quer me ver. Ela tem vergonha.
Lido com a angústia dos outros, narro as notícias com a voz tranquila para acalmá-los quando, na verdade, o que se passa em mim é como uma tormenta.

Guardo e escondo meus sentimentos, mesmo sabendo que isso não é bom. Me reprimo para tentar fugir, mesmo sabendo que esta rota de fuga possa me levar a mesma loucura que me tira por ora aquela que tanto fez por mim.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Segundos...



Incrível como apenas uma fração de tempo pode mudar nossas vidas, nossos caminhos.
Os pequenos segundos que antecedem um grande (ou não tão grande assim) acontecimento são, para mim, os mais intensos momentos.
O frio na barriga antes de um encontro,
O arrepio antes de entrar no avião para uma grande viagem,
A vontade de desistir,
A vontade de voltar atras diante de uma mudança na vida.

"Ah, por que eu não continuo vivendo a minha vidinha calma e segura de sempre?"
Esse é um pensamento que geralmente invade a minha cabeça naqueles segundos antes da mudança, junto com um grande frio na barriga.
Medo, indecisão. "Será?"
Mas não sou pessoa de voltar atras.
Fecho os olhos, esquento a barriga, e mergulho de cabeça!
Então, no meio do mar da mudança, vejo que aqueles segundos de insegurança serviram para que eu me sentisse mais segura, para que eu afirmasse para mim mesma que SIM! era aquilo mesmo que eu queria, e a minha vidinha calma e segura de sempre não era e nunca será suficiente.

"Eu quero sempre maaaais..."

Claro que as vezes, no meio daquele mar, aparece o tubarão dos problemas... e com ele voltam os segundos do: "Não consigo! SOCORRO!".
Mais uma vez, é hora de provar pra mim mesma do que eu sou capaz. Tudo bem que estes segundos, nesse caso, podem virar horas, dias. Mas sempre são superados.
Afinal, 'não consigo' não existe. Não para mim. EU CONSIGO. De um jeito ou de outro, cedo ou tarde, viro eu mesma o golfinho e espanto aquele tubarão.

Algumas vezes imagino o que seria de mim se resolvesse seguir os clamores destes pequenos segundos.
Somente por causa de alguns segundos de indecisão, seria uma pessoa totalmente diferente.
CEFET? Construção Civil? Novos amigos? Viagens? Namorado? Estágio? Surf?
Nada disso faria parte da minha vida.
Por outro lado, agradeço por estes segundos, mágicos segundos. É na existência e na superação deles que está a graça de tudo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Loucura


A loucura ou insânia é, segundo a psicologia, uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia.
Em algumas visões sobre loucura, não quer dizer que a pessoa está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade. Na visão da lei civil, a insanidade revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico prévio de psicólogos, julgados então como insanidade mental.

(Wikipedia)

A loucura.

Estado fascinante do ser humano.
A que ponto nossas mentes podem chegar?
O que seria realmente a loucura?
Serei eu louca?

Serão loucos todos aqueles que vão contra os paradigmas impostos pela sociedade?
Loucos, sonhadores, aqueles que imaginam um Mundo em Paz,
Sem posses, sem guerras, sem fronteiras, sem religião?

Ah, a loucura humana!
A loucura do amor,
a loucura do ódio,
a loucura da sobriedade,
a loucura da sanidade,
a loucura da Loucura.



[Não, não estou louca!!
Ou estou?
Aaaaaah!!!
É o sono]



[um dia melhoro isso aqui ^^]

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Para não dizer que só sei falar de amor...




Para não dizer que só sei falar de amor, falo de amizade.


Mas não seria amizade também amor?

Não seria amor também amizade?


O amigo.

Ser essencial na Vida.
Seja ele homem, mulher, ou coluna do meio [como diria um célebre professor].
Seja ele mãe, pai, irmão de sangue ou não.
Seja ele gato, cachorro ou passarinho.


Ninguém é alguém sem um amigo, mas manter uma amizade não é fácil.
Usando alguns clichês, digo que amizade é como uma planta, uma semente que deve ser tratada com carinho para que nasça e cresça, esbelta, verde e radiante.

Em uma de minhas aventuras em meio as páginas dos livros, encontro as sábias palavras de Khalil Gibran sobre a amizade e o amigo, um pequeno manual de como cuidar da sua semente:


"Vosso amigo é a resposta a vossas necessidades.

Ele é o campo que semeais com amor e colheis com agradecimento.
É a vossa mesa e o vosso fogão.
Pois vindes a ele com fome e o buscais para ter paz.

Quando vosso amigo fala com sinceridade, não tenhais medo do 'não' em vossa mente, nem restrinjais o 'sim'.
E quando ele estiver silencioso, vosso coração não deixa de escutar o coração dele;
Pois sem palavras, na amizade, todos os pensamentos, todos os desejos e todas as expectativas nascem e são compartilhados, com uma alegria imensurável.
Quando sois parte de vosso amigo, não sofreis;
Pois o que mais amais nele poderá ficar mais claro em sua ausência, como a montanha, para o alpinista, fica mais clara na planície.
E que o propósito da amizade não seja mais do que aprofundar o espírito.
Pois o amor que busca mais do que a descoberta de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede: e apenas o inútil é pescado.


E que o que tenhais de melhor seja para o vosso amigo.
Para que ele conheça a vazante da vossa maré, deixai também que conheça a vossa enchente.
Pois o que é vosso amigo para que o busqueis para matar o tempo?
Buscai-o sempre para viver o tempo.
Pois ele deverá preencher vossa necessidade, mas não vosso vazio.
E, na doçura da amizade, que haja risos e o compartilhar de prazeres.
Pois no orvalho das pequenas coisas é que o coração encontra sua manhã e se renova."


Por isso, cultive tuas amizades,
perdoe os velhos amigos que se afastaram,
plante novas sementes.
Valorize cada momento, cada conversa,
Reveja as fotos, relembre os sorrisos.
E, na falta de um verbo para 'amizade',
AME.

One, two, three, four!



Ela acorda cedo para ir trabalhar,
acorda com os olhos brilhando, com a alma cantando.

Só pensa neles,
É hoje, é o dia.

Ie-ie-ies e uooou ouuus é tudo o que escuta.
Dançar e gritar é tudo o que faz.

Ao fim do dia, lá estão eles.
Quatro rapazes, a imagem dos quatro de 40 anos atras.
Ao seu lado, o rapaz que segura sua mão.

Eles cantam para que ele não se esqueça:
"She loves you, and you know that can't be bad"
Ele canta para que ela guarde no coração:
"I love you".

Inexplicável, mágico
Ela faz uma viagem em um céu de diamantes,
come torta de marshmallow,
recolhe flores de celofane.

Do que mais ela precisa?
Eles respondem:
"Love is all you need"


(L)


23/07/08 - Teatro Guaíra - Curitiba/PR
'The Beats' - A melhor banda Beatle do Mundo

domingo, 13 de julho de 2008

Amar


Falar sobre amor?


Será que existe algum assunto mais clichê do que este no mundo?
Tantos textos, livros, citações, letras de música, filmes, obras de arte.
O amor sempre foi o tema preferido da humanidade.


Eu, mesmo tentando fugir dos clichês, me entrego a esta preferência, me rendo ao apelo do meu espírito. Sim, amo.


Amo, sempre amei.

O pai, a mãe, o urso de pelúcia. (Que Deus esteja contigo, Pimpão. Amém.)
O irmão, o cachorro, o peixe dourado, o hamster e a coleção de passarinhos.
Os avós, a família, aquele strogonoff no almoço.
Os amigos, os quase irmãos.
Porém, surge, de repente, uma nova forma de amor.
E esta nova forma de amar dá medo.
Quando se ama assim, tem-se medo de se admitir que se ama.
Teme-se o não, a rejeição.
Quando admite-se este sentimento, ele toma vida própria e cresce, cresce cada dia mais.
E é maravilhoso.
Estar com a pessoa amada faz com que o tempo pare ou ande mais rápido, tudo junto.
Sentir o pulsar do coração amado arrepia.
Abraçar o outro e sentirem-se como um só.
Amar.
Por mais clichê e debatido que este tema seja, não existem palavras para explica-lo.
Só quem ama sabe o que é o amor.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Estar sem palavras



Um gesto, um olhar, uma palavra inesperada.

Uma cena, um filme, uma música.

Um abraço, um sorriso.

Uma flor, uma pergunta, um beijo.


Estar com alguém, pensar em alguém.


O que se sente não pode ser expresso em palavras.

O que se sente é maior do que a própria razão.

É mágico, é inexplicável.



domingo, 1 de junho de 2008

Mais um dia no qual sento na frente do computador e não sei sobre o que escrever, o que definir...

Poderia falar sobre Felicidade, sobre Vestibular, sobre cachorros e passarinhos. Poderia falar principalmente sobre o frio Curitibano. Poderia falar sobre um domingo monótono e frio, dia de jogo do time do coração. E poderia falar um pouco mais sobre mim também.

Será que eu realmente me conheço? Eu sei quem eu sou? Afinal, vivo planejando quem serei daqui a 10 anos, mas que sou eu hoje? Sou realmente aquilo que posso ser?

'Carpe Diem'... será que essa filosofia se aplica a mim? Vivo para o que quero ser amanhã ou vivo para meu hoje, meu agora. Vivo para mim ou para a mulher que terá meu nome e sobrenome [e talvez junto com outro ainda desconhecido sobrenome] daqui a 10 anos?

Quem sou eu, afinal? A quase técnica em Construção Civil ou a futura Arquiteta pós graduada no exterior? Sou uma só, sou duas, quantas versões de mim mesma existem? Quantas já existiram?! Quantas existirão?

Como é massacrante não saber se o que se faz é certo, se no que se acredita deve ser realmente acreditado... Como é horrível não saber.

Mas será que devemos realmente saber? Devemos saber ou devemos viver?

Afinal, pensar é bom, raciocinar é maravilhoso, entender o mecanismo do Mundo é fantástico! Mas tudo isso chega a enlouquecer... A cada estudo mais profundo você vê que nada é como realmente é, muitas coisas são mentiras, manipulação.

Para conseguir viver, o ser humano precisa escolher as mentiras nas quais deseja acreditar.
No que você escolheu acreditar?
Que mentiras impuseram para você?
Você realmente conhece a si mesmo?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Metamorfose


Metamorfose: um processo biológico, que consiste na mudança da forma e estrutura de certos animais.


Ora, o ser Humano também é um animal. E também sofre metamorfose, não? Mas esta não é física (não a princípio.. hehehe), mas é principalmente psicológica.


A diferença é que no ser Humano podem ocorrer diversas metamorfoses durante sua existência. Neste momento experimento a sensação de estar no meio deste processo. A Metamorfose dos dezessete anos.


Dezessete anos. Um ano só, e já são dezoito. Dezoito? Faculdade? Vida adulta?! Mas ainda tenho os bichos de pelúcia, as bonecas na prateleira (empoeiradas, é verdade)...


Dezessete anos. A metade mulher começa a falar mais alto. E então começam as mudanças:


Novo corte de cabelo, novas roupas, novo estilo. Novas músicas no MP3... Novo estado civil >< [ah, tudo bem, certas coisas a gente supera.]


Nova visão de Vida.


Mudar é bom... na maioria das vezes, mudar é Excelente! Renova a alma, o fôlego, a vontade de Viver!


Libertar o passado, viver o presente, planejar novas coisas para o futuro...


Construir planos mais maduros, mais reais. Seguir metas. Conquistar objetivos. Entrar no primeiro emprego.


Mudar... o eterno destino de quem é, e sempre será, uma "Metamorfose Ambulante".

Espelho


Espelho: uma superfície capaz de refletir a luz que sobre ela incide refletindo a imagem daquilo que está a sua frente;

Espelho: superfície muito lisa e com alto índice de reflexão de luz.
Espelho. O teu reflexo, a tua imagem. Imagem, não tua essência. Espelho. Imagem. O reflexo de tua casca.
Alguns dias atrás quebrei meu espelho. Meu companheiro inseparável de todos os dias, meu apoio, ouvinte de discursos e de chiliques em dias de cabelo ruim.
Alguns dias atrás quebrei meu espelho. Quebrei meu reflexo. Minha imagem. Impedida de julgar minha aparência diariamente, voltei as atenções para minha essência, meu ser. Do que me valem as opiniões alheias sobre como pareço? As opiniões sobre o que penso é que realmente importam.
Quebrei meu espelho. Quebrei as barreiras da estética.
Sete anos de azar?
Sete anos de profundas mudanças em mim mesma.


quinta-feira, 1 de maio de 2008

(Parênteses)


Brainstorming


Hoje resolvi parar com minhas definições apenas para escrever.

Escrever sobre o nada, escrever sobre tudo.
Sobre momentos.
Sobre histórias.

Escrever sobre como é bom sentar na arquibancada da universidade, na noite gelada, com uma das tuas melhores amigas ao lado, comendo sorvete (light, por favor.) e falando sobre elétrons. =D

Escrever sobre como as pessoas passam na nossa vida e deixam marcas. Algumas boas, outras ruins.

Escrever dizendo que todas as experiências pelas quais passamos, boas ou ruins, são válidas, e que não devemos nos arrepender de muita coisa, por que, no fim, você vai ver que tudo foi como tinha que ser.

Escrever sobre amizade. Dizer o quão importante é ter 7 amigas e agregados na tua vida!

Dizer que a família é tudo. E que eles tem razão. Sim! Seus pais sabem o que é melhor pra vc, um dia vc vai reconhecer isso! [okok, existem excessões (escrevi certo?)]

Aah... também não posso esquecer de escrever sobre as paixões.
Paixão por um time de futebol
Paixão pelo curso que você faz
Paixão por uma marca de chocolate, um urso de pelúcia, um livro, centenas de livros!!
Paixão por uma banda da época da infância dos seus pais
Paixão por aquela música
Ou aquele personagem de livro *-*

Escrever sobre meus planos futuros,

Sobre a futura família,
o futuro marido,
os futuros filhos (dois, por favor. E um casal.),
a futura casa,
o futuro cachorro,
a futura profissão!

Fazer planos com suas amigas, agendar reuniões para daqui a 20 anos...

Escrever sobre a maravilha que é ser quem eu sou, Simone, 17 anos, futura técnica em Construção Civil, futura arquiteta.

Escrever, enfim, sobre a maravilha que é viver!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Tempo


Tempo: sm 1. Espaço entre o começo e o fim de um acontecimento. 2. Ocasião própria para alguma coisa: momento, hora. 3. Período que se pode ocupar

Einstein já diria... “O tempo? O tempo é relativo!”

E Einstein tinha toda a razão.

O que é o tempo? Nem algo material ele é. O tempo corre em nossas cabeças, é fruto de nossa mente, de nossos desejos, de nossas obrigações.

Criamos uma contagem universal e a materializamos nos relógios. Mas como podemos permitir que simples engrenagens ou circuitos eletrônicos passem a reger nossas vidas, nossos momentos, nossas experiências?

O seu tempo é você quem faz.

Por isso não exite em deixar certas obrigações de lado em alguns momentos e viva! Lembre-se de quem você é, lembre-se que você nasceu livre! Viva! Liberte-se!

Faça seu tempo. Adapte seu trabalho a você. Curta cada pequeno momento:

Aquele beijo inesperado
Aquele olhar apaixonado
Aquele abraço amigo
Aquelas palavras ditas pela primeira vez
Aquele canto de pássaro
Aquela brisa suave
Aquela chuva repentina
Os primeiros passos dos teus filhos

Nunca esqueça de quem você é, e da vida que você tem a sua frente.
Faça do tempo teu amigo, não teu concorrente, pois ele passa e não volta jamais.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Verdade


Verdade: Realidade; exatidão; sinceridade; princípio certo; representação fiel de alguma coisa existente na natureza; caráter.


Verdade: o que é verdadeiro.


Verdade: Experiência que só a podem experimentar os que morreram em si mesmos, os que lograram despertar Consciência. Quando a Jesus preguntaram o que é essa Verdade que ele ensinava, Ele guardou profundo silêncio.


Verdade: Na acepção mais geral designa uma igualdade ou conformidade entre a inteligência (conhecimento intelectual) eo ser (adaequatio intellectus et rei), e, em sentido mais elevado, uma completa interpenetração de inteligência e ser.


Então você me diz:


"HÃ?!"


E eu te pergunto:


"O que é verdade para você?"


Verdade é outro conceito pessoal e completamente mutável. E, embora este conceito seja uma verdade para mim, pode não ser uma verdade para você.


Sem mais, talvez volte a tocar no assunto.


Pa
z

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Mudança



Mundança: Uma mudança ou transformação pressupõe uma alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas.


Mudar é essencial, e também inerente ao ser humano. Ninguém suporta permanecer em uma situação que lhe é desagradável. E pessoas espertas, quando estão em uma situação confortável, esforçam-se para melhora-la ainda mais!
Mudar é bom, quando se aprende com os erros do passado. Mudar é bom, quando não temos medo de errar. Mudar é bom, quando não temos medo de arriscar.
Desgarrar-se das amarras do passado, da comodidade, para ir em busca de algo novo e melhor, de novas aventuras, novas emoções, novos feitos.
Toda mudança trás alguma melhora, de alguma forma, mesmo quando não é bem sucedida.
A mudança nos difere dos outros. Mudar nos torna únicos. Mudar faz parte da vida. Não renegue-a.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Deus


[do latim deus] – Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.


É provável que não encontremos assunto mais discutido e contestado do que a existência de uma força superior que rege todas as outras coisas. Em outras palavras, a existência de um Deus.


Talvez não há assunto mais complexo para ser entendido e descrito. Afinal, o conceito de Deus é único e pessoal. Para alguns, o conceito de Deus é até inexistente. E nenhum destes conceitos está errado. Assim, arriscaria-me a dizer que existem "vários Deuses", cada um pertencente a um universo pessoal. Posso dizer que meu Deus é diferente do seu, mas que, mesmo assim, eles não deixam de ser o mesmo Deus.


Para alguns, Deus se apresenta em diferentes formas, sexos, tem diversas faces, diversos nomes. Para outros, é único, onipotente. Alguns O temem, outros O adoram, outros O respeitam. Outros fazem tudo isso junto.


Alguns O ignoram. Outros só vivem por Ele, para Ele.

Alguns acreditam que ele é a solução para tudo, e esquecem de agir.

Alguns se sentem traídos por Ele.

Outros se sentem atraídos.


Há quem dialoga com Deus todos os dias.

Há quem nunca dirigiu palavra ou pensamento a Ele.

Há quem se sacrifica por seu perdão.

Há quem não acredite no perdão divino.


Apesar de tudo, eu tenho a certeza e a fé de que Deus, o meu Deus ama. Meu Deus perdôa. Meu Deus confia. Meu Deus guia. Meu Deus não faz distinções. Acreditando nisso ou não, crendo nEle ou não, Ele o ama.





Desculpem pela demora de escrever outro post, mas permiti férias do computador a mim mesma =)

Talvez esse post tenha ficado um pouco... 'apelativo' para alguns, mas apenas reflete o momento em que estou vivendo e os pensamentos que estão me ocorrendo...


Pa

z


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Amizade...


Procurei no dicionário e não encontrei uma boa definição para este sentimento...

Definir um amigo somente como "alguém de quem se gosta" não me parece o suficiente. Me arriscaria a dizer que Amizade concorre com o Amor em termos de dificuldade de definição.

A Amizade vive lado a lado com o Amor. Não há amizade verdadeira sem amor, não há nem sombra de amor sem amizade.

Me arriscaria novamente afirmando que estes dois sentimentos diferem de pessoa para pessoa...

Alguns criam laços de amizade por interesse, seja para alcançar mais facilmente a popularidade, seja para sempre ganhar os melhores presentes, ir aos melhores lugares, seja para somente receber o carinho de alguém.

Mas existem as amizades que podem ser taxadas sem medo de "verdadeiras". São aquelas incondicionais, que acontecem 'do nada', mas não por acaso. São aquelas que ligam as pessoas pelo coração. Assim, os amigos tornam-se irmãos. E não são raras as vezes em que estes "amigos irmãos" acabam sendo mais amigos, companheiros e confidentes do que os irmãos 'de sangue', de fato.

Os amigos são aqueles que escolhemos para nos acompanhar na nossa jornada, para festar, bagunçar, compartilhar os segredos, nos ajudar nos momentos difíceis. São aqueles ombros que elegemos para chorar quando nosso coração se parte, são os sorrisos que escolhemos para animar nossos dias, são os olhos que escolhemos para nos servir de espelho.

O verdadeiro amigo é aquele com quem você pode contar sempre, para sempre. E que espera poder contar da mesma forma com você.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ciúmes.


Sentimento de posse acompanhado de um desejo intenso de não dividir com ninguém o objeto de seu interesse.


Ciúmes.

Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu ciúmes. Seja de um brinquedo na infância, do colo da mãe, do(a) namorado(a), do irmão...

Afinal, quem ama, cuida. E cuidar significa sentir um pouquinho de ciúmes. É normal, afinal. O problema está quando esse pouquinho acaba sendo um pouquinho um tanto exagerado.

O ciúmes doentio consome o amor, vira obsessão. O amado vira um objeto de posse exclusiva do ciumento. Tudo o que o amado faz é suspeito, motivo para brigas e discussões. E, me diga, que amor resiste a tudo isso?Ciúmes não é saudável para uma relação.
Quem ama cuida? Sim, mas quem ama, acima de tudo, confia.

Saudades.



Longing, yearning, ardent desire, homesickness;

Sehnsucht, heimweh, fernweh;

Nostalgie;

Sentimento de tristeza causado pela lembrança de pessoa que está longe ou morreu ou coisa que não existe mais.

O que é saudades, afinal?

Alguns dizem que é aquilo que ficou daquilo que se foi... Talvez seja essa a melhor explicação.

Sentir saudades é relembrar aquilo que foi bom, ter a vontade de reviver momentos passados, querer voltar no tempo ou trazer para o presente o que já passou. Mas isso é bom?

A saudade aprisiona, nos tira uma perspectiva de futuro, de mudança, nos condena à memória do passado. A saudade cria ilusões. O desejo de que tudo fosse como antes nos deixa despreparados para as mudanças, a ilusão de que nada mudou nos deixa expostos à decepção.

Quando alguém está longe procuramos viver uma vida igual, como se nada tivesse mudado. Nos negamos a viver uma nova vida, a experimentar coisas novas, pois cremos que a pessoa distante também não mudará, e na ocasião de sua volta tudo voltará ao 'normal'. Ilusão.

Não quero dizer que não podemos sentir saudades, não... Isso é natural, inerente ao ser humano. Mas não podemos ser escravos desse sentimento.

Façamos da saudade um impulso para a mudança. Com a saudade, tentemos melhorar o nosso presente! Vamos fazer do passado a idealização de algo que pode ser melhorado, busquemos sempre o melhor!

Saibamos que Ele reserva o melhor para nós.

Ame o passado, mas esteja preparado para se apaixonar por seu futuro. =)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Por que escrever?


Qual é o motivo que leva uma garota de quase 17 anos a sentar na frente de um computador, altas horas da noite, e resolver criar um Blog?


Em primeiro lugar, a necessidade de escrever.

Escrevendo, as emoções são extravasadas, as idéias tomam forma e o diálogo com si mesma se constrói, levando à auto-indagação, auto-análise. Se tudo o que será escrito será lido por alguém? Isto, de fato, não tem muita importância... as palavras na mente de uma garota de 17 anos não estão lá necessariamente para serem lidas, e sim para serem escritas, estampadas, ditas, gritadas, exclamadas!


E em segundo lugar?

Não existe um segundo lugar.

A necessidade de 'sacudir as palavras' toma conta de tudo.


Só espero que tudo isso não seja em vão...