terça-feira, 21 de abril de 2009

É simplismente mágico, não é? A simples ação de olhar no olho do outro se torna uma coisa tão especial, por que você sabe que é verdade, que é sincero, que É. E sendo, um beijo deixa de ser apenas um beijo, um toque deixa de ser apenas um toque, um abraço não é só um entrelaçar de braços e corpos, e, mesmo depois de quase um ano, o coração continua a bater mais rápido, e a respiração continua acelerando apenas por lebrar daquele olhar, daquele olhar que é. É incrível perceber que tem coisas que o tempo não apaga. E esse tempo passa tão rápido, corre, voa, trembaleia... e tudo só aumenta, só melhora, e continua explodindo no peito, como se fosse a primeira vez. O mais inacreditável de tudo isso é que sempre parece a primeira vez. Todo toque é como se fosse o primeiro toque, e cada palavra dita é como se fosse dita pela primeiríssima vez, e é tudo tão bom. É tudo tão bom, e tudo te faz tão feliz que você quer que todo mundo tenha o direito de se sentir assim também, por que é incrível. Insuperável. Único.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Contos escritos antes de dormir IV

Orvalho nos olhos.

O banco ainda estava molhado com o orvalho da manhã, seu rosto, com as lágrimas do anoitecer. As flores do jardim, tão pequenas, tão belas.

O livro aberto em seu colo, tão silencioso. A brisa acariciava seus cabelos despenteados, levava para longe os pensamentos...

Pequenos raios de luz brincavam de caleidoscópio em seus olhos, e ela sorria. Pela primeira vez, ela realmente sorria. Seus pés descalços, pela primeira vez realmente sentiam a úmida carícia do gramado.

As palavras gravadas flutuavam a sua volta, roçavam seu rosto e voavam, voavam na direção das estrelas.

O anel em seu dedo cintilava, e ela ria, cantava, dançava.

Ela sabia, ela amava.

em 31/10/2008