Você tem medo, quer sumir, fugir de tudo.
Você tem a impressão que está fora do lugar, e que, de repente, aquele que era seu refúgio já não é mais seu mundo.
As flores estão no vaso, a foto na parede, o cartão, deitado sobre a escrivaninha, mas ele não está lá, e você tem medo.
Você liga para ele, o impede de dormir, e tenta se sentir segura. As palavras percorrem os fios, cruzando a cidade. Ele não está lá. Você não quer desligar, e o tempo passa voando, você quer escutá-lo, por que é a voz dele que ainda a mantém. Você tem medo.
Não consegue dormir, abraça o travesseiro e chora. Tem medo de parecer boba, melosa, insegura. Medo de ser criança demais, e não no melhor sentido. Mas quer colo, quer cafuné. Quer poder chorar no colo dele, e lá ficar protegida de tudo.
É ele seu refúgio.
Você quer ser acalantada e ser posta para dormir. Quer dormir nos braços dele, sentindo a respiração dele e o calor de seus braços.
Ficar longe não dá mais.
Não tem mais a menor graça.
em 13/11/2008 - depois de uma longa ligação.
Nós escolhemos o que tem graça ou não pra nós.
ResponderExcluirMas nem sempre fazemos a escolha certa, porque o certo não existe.